quinta-feira, agosto 24

Contemplação...

E a porta entreaberta diante do delirio do acaso, da persistencia do divino e absoluto caso de amor desalmado e sem vergonha. Nada e nem ninguém apaga a certeza da desordem e do caos que todo o sentimento constrói. Malditos os dias que eu me peguei pensando em você, mesmo nas tardes mais cheias de tédio de domingo. Minhas tardes e teus olhos, quanta perca de tempo enquanto todo tipo de idealização era tão sem nexo e tão mal traçada. Me peguei aqui sentada contemplando o nada e surge um alguém que esvaziou toda a minha cumplicidade.
E quem falar de toda a existência, mesmo que por um minuto, deixará um vázio por alguns instantes dando lugar à dúvida do que é esperar que a saudade passe...
Por isso se me falar de amor, causa, ordem, vázio e saudade mantenha calado os seus medos e inceretezas e me diz o que pode ser dito sem se parar para respirar, depois me deixa contemplar o minuto pra sentir que tudo, por mais que não pareça , passa, recomeça e traça um novo caminho.
Enquanto não colocamos tais panos sobre a mesa, estou eu aqui sorrindo e cumprindo com a minha meta de vida...a de ser plena!

quinta-feira, agosto 10

Duas Horas e Vinte Minutos.

Ela tinha unhas compridas e parecia enfeitiçada pelo perfume que emanava da loja francesa do outro lado da rua. Uma alameda refinida, com requintes que pareciam fazer todos aspirarem dinheiro, assim era o ambiente e assim sempre seria. Ela andava com classe para não danificar os saltos de seus únicos sapatos de bico fino que a faziam desequilibrar como um joão bobo sacudindo uma bolsa prateada que ofuscava a vista.
Era ali que ela via a esperança da riqueza, aguardando a noite e os carros luxuosos que trariam todo o sonho de ser umas daquelas mulheres que desfilaram durante todo dia sob o sol e enfrentando as vitrines finas que pareciam ter vida própria com suas cores fortes e ao mesmo tempo tão delicadas.
Ela mataria alguém por um vestido, um perfume, um chapéu, um casaco, uma bolsa, um chambre, lenços, laços, rendas e tudo que uma mulher como ela desejaria mas que devido à sua realidade se dava apenas ao luxo de ter apenas as unhas retocadas de um vermelho barato que fácilmente traziam um ar mais convidativo junto ao seu decote generoso e, ao olhar cafejeste, um tom poético e repleto de luxuria. Ela não se importava com o que pensariam, era com suas unhas vermelhas e decote devidamente escolhido que ela teria o seu conforto e elegância algum dia.
Ela deixava os cabelo cairem sobre os ombros descobertos, e por mais frio que estivesse seu corpo permanecia quente diante da espectativa de que finalmente ela encontraria o passaporte para ingressarer em uma vida melhor e cheia de regalias, de alguma forma naquele dia ela havia saido de casa com uma espectativa maior e acreditava que seria recompensada finalmente depois de uma incessante procura que se estendia por longos dias – ela queria sucesso, e que fosse da maneira mais rápida possivel.
A noite caia como sempre, como se fosse um manto negro, e de longe ela avista aquele que poderá ser o seu caminho promissor à fortuna e ao delirio do luxo. Ele se aproxima lhe lança um olhar convidativo,lhe oferece um drink e depois um sorriso, o carro nem é desligado, o cinto de segurança nem é colocado e em minutos eles param em um lugar discreto porém não menos fino, correspondendo ao bom gosto que naturalmente fazia parte da compainha que ela, suas unhas e decotes acabavam de se deparar.
Foram exatamente duas horas e vinte minutos de uma paixão avassaladora e súbita, evolta de murmurios e gemidos que pareciam que jamais sairiam de suas cabeças. Ele a elogiava e afagava seus cabelos, logo depois tranformav-se em um selvagem sem moral. Seria ele casado? – Não importa, tudo será bom quando assumirmos uma chance de sermos felizes – era assim que ela pensava enquanto tentava de todas as formas fazê-lo o homem mais completo e feliz de todos os tempos. Ali, entre aquelas quatro paredes elas seria tudo o que ele precisava, principalmente a fuga de seus problemas. Foram sorrisos e peripécias incontáveis. Os olhos dela, depois de tanta dedicação, aguardavam o um retorno depois de tantas noites pela procura do seu passaporte para uma vida de acordo com os seus sonhos. Ele sorriu, disse bom dia e saiu.
E como tantas vezes, ELA, teria se alimentado de esperança por aproximadamente duas horas e vinte minutos. Ele seria mais um que não ligaria, e provavelmente estava com tanta pressa que deixou o dinheiro sob a bancada da mesa sem contar o troco a mais que havia deixado, mas supostamente ele teria acreditado que era por merecimento deixar uns trocados a mais a uma jovem tão cheia de talento. Agora ela tinha pressa em dormir, a proxima noite seria melhor, e acreditando nisso ela movia os seus dias.

Paula Barboni

quinta-feira, agosto 3

Na Mesma Praça, no Mesmo Banco...

E lá se vai mais um ano... É, o tempo vai passando, as coisas mudando...
Ainda não parei pra refletir ao certo, mas com toda certeza as mudanças sofridas de uns anos para cá foram imensas!! Fazer aniversário não é uma escolha e sim uma consequência, e por mais que tentemos entender o ciclo da vida, da morte, do tempo e espaço não vamos compreender nunca pois esse é um segredo trancafiado a sete chaves que nos faz imaginar inumeras formas de encontrar a melhor resposta, por isso nos concentramos tanto em tentarmos ser felizes para amenizarmos a dúvida que nos ronda e que nos rondará por toda a existência.
No dia de ontem eu senti o afago de pessoas queridas, amadas, conhecidas e de pessoas mais que especiais, e eu só tenho a agradecer por ter essa sorte de ter tanta gente "batuta" comigo! - rs
Obrigada pelos presentes, bolo exótico, cartas, telefonemas, abraços, beijos, lambidas, cafunés, brejas, risadas, piadas, conversas, ligações, aos bom dia, aos boa noite, aos gritos, assobios, gargalhadas, balões estourados, bombons, puxões, cuspis a longa distancia de cerveja, fotos, músiquinhas animadas, cartazes, caronas e tantas outras coisas que eu com certeza vou lembrar mesmo que sem querer...como tantos me disseram - Sim, ontem foi o meu dia de estar no dia de todos que eu amo! beijos

Segue abaixo a carta da Senhora Barbara, vulgo Babi, que escreveu com o intuito de usar o meu espaço para se auto-promover..rs - Brincadeira querida...obrigada por tudo ...


*Edição Especial *

Hoje 2 de Agosto é aniversário da autora deste blog, a Paulinha, então com a devida autorização, estou aqui ocupando este espaço.
Aniversário é uma data ou muito querida ou muito odiada, por inúmeros motivos, mas por convenção é uma data para prestigiar um amigo, um irmão, a nossa mãe (hoje também é aniversário da minha mãe), pai... enfim para demonstrar carinho e estar perto de quem se gosta. Os mais próximos (ou nem tanto) sabem que mesmo não gostando de ficar mais velha a srta. dona Paula gosta muito desta data e estaremos ao seu lado hoje, para marcar mais uma vez esta data.
Faz pouco tempo que eu convivo com esta menina, mas já passamos por alguns momentos juntas e já compartilhamos muitas risadas, ainda não tivemos que enfrentar coisas chatas, nem momentos ruins, mas tenho muita fé na nossa amizade, que é verdadeira, muito verdadeira. E amiga eu to aqui para o que der e vier, esta tudo bem, sou um pouco palhaça, e também as vezes (raramente), eu sei que sou chata, mas você gosta de mim assim mesmo, confessa!
Queria apenas deixar registrado aqui o quanto você é importante e o quanto eu te admiro...
Muita saúde minha querida! Muitas felicidades e muitasssssssssssssssssssssss coisas boas nesta vida!!!
Aproveite muito bem o SEU DIA e espere que hoje promete!
Beijinhos, cajuzinhos
e Brigadeiros
Babi