E mais uma vez somos os portadores de uma responsabilidade que ainda me surpreende com a sua total hipocrisia. Escolher um candidato – Vota Brasil!?
Estaremos todo em uma única sintonia – Quando acaba a lei seca? Um tanto paradoxal não é verdade?
Ah! Seriamos todos nós contidos em uma síndrome de inquietação – Nos faltará álcool, uma arma no mínimo engraçada diante do desequilíbrio emocional gerado por um debate político. Por favor, uma vodka senhores, para que eu possa manter a calma!
Fazendo uma referencia ao debate político (não me canso de citar os olhares perdidos do nosso atual presidente que preferiu comparecer a um comicio, e a satisfação das perguntas mal formuladas pelo candidato Alckmin diabte da ausencia do Lula) será que todos nós o assistimos com atenção ou a maioria das pessoas ficou pensando na pena que o Lula causou? Será que não comparecer ao debate o torna um medroso? Um pobre coitado com medo das acusações - garanto que muita gente pensa dessa forma – Que me embebedem de cerveja, que me tragam absinto, que me banhem de Red Label (é assim que escreve?) – Tornaram a política uma novela mexicana, os acuados são os bonzinhos dignos de pena.
Segue um trocadilho: Lei seca ou secar a lei?
Inconveniente, esdrúxulo, cansativo...a política e o seu circo são tão cansativos que para sua total superação seria necessário banir a lei seca. Deixem que os mais maltratados pela realidade política, aqueles que sentem que o sonho de uma política liberal é algo utópico, aqueles que tiveram sua confiança roubada pelo sonho de ter um partido de esquerda a quatro anos atrás...Deixem nós, os mais sonhadores por uma política justa e inovadora “enchermos a cara” de cachaça! Não vejo outra forma, porque de sonhos já estamos em estado de overdose.
“Deixai que os olhos vejam os pequenos detalhes lentamente, deixai que as coisas que lhe circundam estejam sempre inertes como móveis inofensivos para lhe servir quando for preciso e nunca lhe causar danos, sejam eles morais físicos ou psicológicos.”
Chico Science
PS - Uma questão: É mais agradavel saber que o Lula não sabe de nada do que acontece em seu partido ou imaginar que ele não representa nada diante do fato de não saber nada dentro do própio partido??
Me peguei pensando nisso, e ainda não sei se é melhor ter um desenformado dentro da politica ou um corrupto bem informado!
Paula.
“Não te enganes. A vida vai tratar-te mal. Portanto, se quiseres viver tua vida, vai e roube-a.”
sexta-feira, setembro 29
sexta-feira, setembro 22
Desce? Até onde?
Fiquei em torno de cinco minutos diante do espelho com a esperança de perder uns quilos aqui, outros ali, e depois fiquei mais uns três minutos analisado a minha careta de descontentamento. Lá estava o senhor Jorge Ben Jor e seu ritmo extremamente calmante, como trilha sonora preenchendo todo o ambiente bagunçado e sem começo nem fim do quarto. Pra falar a verdade deveriam ter cerca de dez cds melhores para eu ouvir, mas a dias eu só ouvia Ben Jor, e nem sei bem por que.
Resolvi que ficar diante do espelho ensebado não ia modificar em nada a minha majestosa tarde de domingo, e resolvi fazer algo a mais no meu dia caminhando até a cozinha somente de meias. Joguei os cabelos pra frente e depois para traz e fiz um rabo de cavalo que provavelmente não seguraria aquele ninho embaraçado alojado na minha cabeça, mas pelo menos eu teria os meus olhos livres para enxergar o caminho. Ajeitei a bermuda que estava torta juntamente com a calcinha e fui arrastando os pés até o fogão, como uma nordestina que dança forró super bem.
Não me surpreendi com a limpeza da cozinha, que alias era o único cômodo extremamente brilhante da casa, de forma que havia dias que eu não o visitava. Pensava comigo – Detesto cozinha, eu deveria colocar a geladeira no quarto! – e eu teria realmente feito isso se não fosse o apelo dos amigos que às vezes vinham me visitar alegando que o meu único exercício estava no deslocamento quarto-cozinha.
Mas eu não me importava, estava desanimada de qualquer forma, e me esquecia desse detalhe, tanto que a janela da sala estava escancarada havia dias e por conta disso eu acabara de descobrir que havia adquirido um gato. Alias o gato havia ganho o meu respeito, pois eu o fitava com um ponto de interrogação do tamanho da cara, afinal eu morava no 9º andar e o bichinho resolveu pular justamente a minha janela o que lhe rendeu o nome de Asadelta.
Mais cinco minutos na cozinha e a constatação de uma geladeira e armários vazios. Na época de casada isso jamais aconteceria, e pra falar a verdade nunca aconteceu. Mas como o desgraçado fugiu com a vizinha do noventa e oito, provavelmente isso agora não acontece na geladeira e armários dela. Vaca! Gostava de me dirigir a ela dessa forma pra amenizar a vontade de socar a parede, porque o risco de ter os dedos e os punhos quebrados eram enormes já que nem socar eu sabia direito. Ok. Eu preciso calçar um tênis que e colocar uma roupa não rasgada e me dirigir ao mercado, ou morreria de fome, o que não me deixaria tão desesperada, pelo menos magra eu estaria. Descobri meus tênis debaixo da mesa de centro da sala, uma calça mais bem apresentável pendurada na porta do quarto e uma blusa que por mais incrível que pareça na gaveta de meias. Tentei fazer uma postura diante do espelho e segui em direção á porta sem respirar muito pra não perder a pose que eu tinha acabado de visualizar. Conversei como gato dizendo que voltava logo e sai trancando o meu apartamento que a dias era o único mundo que eu estava habituada. Será que o mercado fica no mesmo lugar?
O elevador me parece mais uma ligação com o inferno do que nunca, e sempre odiei elevadores porque eu sempre encontrava alguém extremamente idiota ou simplesmente eles lotavam, ou ainda pior, eles sempre paravam. Mal eu penso em todas as possibilidades que me levam a odiar essa maldita caixa de subir e descer me entra uma mulher com um cabelo mais parecido com um repolho do que necessariamente um cabelo mesmo. Estou no oitavo andar ainda e nos faltam mais sete o que torna o meu mau humor sete vezes mais evidente, e ele só teve motivos pra se elevar cada vez mais quando no quarto andar ela resolve me perguntar se eu sou nova no prédio.
- Não! Moro aqui a cinco anos já!
- Que coisa nunca a vi zanzando pelo prédio.
- Eu não gosto de zanzar...
Ela ia dizer mais alguma coisa, mas eu sai do elevador muito antes mesmo de a porta praticamente abrir.
Constatei que o Sol realmente estava quente e eu tinha pego uma blusa preta de linha. Respira forte, porque você vai num pé e volto no outro e aqui é só um maldito mundo que você não vê a dias. Cheguei no mercado parecendo uma louca suada de tanto calor. Agora era questão de tempo, simplesmente comprar o necessário e voltar pra casa, pro espelho e pro gato. Fui colocando tudo muito depressa no carrinho, e se pudesse atropelava aquele bando de comadres que faziam dos corredores do mercado um ponto de encontro e de lazer. Passei por todas aquelas loucas e dobrei o corredor indo direto à sessão de alimentos para cães e gatos, afinal o Asadelta também precisava comer. Fui caminhando e lendo as embalagens quando senti um tranco.
- Céus! Eu matei um homem! – Foi o único pensamento que eu tive ao me certificar que havia um coitado debaixo do meu carrinho de compras. Era só o que me faltava. Eu atropelei um idiota mais distraído que eu com um carrinho de compras! Eu poderia tê-lo ajudado a levantar se eu não estive tão pasma com aquele incidente estúpido. – O senhor está bem?
Abaixei perto do rosto dele para ver se ainda respirava, e acabei dessa forma encontrando o sabor de ração preferido do Asadelta, agora eu poderia ficar ali e esperar aquele estúpido distraído acordar ou simplesmente pegar aquele pacote de comida para gato e sair o mais rápido de lá. Não precisei pensar muito nessa questão, pois o rapaz acordou na mesma hora e me olhou de uma forma tão indignada que eu achei que era o momento mais propicio para por em prática o meu lado educado. Soltei um “me desculpe” meio gago que eu achei que não sairia. O homem levantou-se sem soltar um único ruído, apanhou suas compras, ou o que sobrou delas e me olhou bem dentro dos olhos – ele me odiava sem duvidas! – ele saiu apressado, e quando me deu as costas reparei que ele era um rapaz tão de mal com a vida do que eu. Ele usava uma blusa de linhas azul e carregava um pacote de ração nos braços. - Ah! Que inferno! O que estamos fazendo com as nossas vidas? – Bem, vendo aquele traste parecido comigo me deu vontade de fazer uma pequena loucurinha e sai correndo atrás dele.
- Amigo! Ta errado! Olha, eu sei como é esse negocio de alimentar o gato e reclamar na frente do espelho, faço isso todo dia!
Ok! Acho que ele sair bufando sem me responder é um sinal de que eu não tenho nada a ver com isso. E realmente eu não tenho! Caixa lotado. Acho que tudo que gera fila torna os simples mortais mais felizes.
Consegui chegar em casa logo, e acho que três vezes mais magra de tanto transpirar com aquela roupa estranha. O Asadelta permanecia no mesmo lugar, até parecia um gato empalhado. Voltei a ficar de meias e bermuda e passei na frente do espelho. Lembrei daquele rapaz com cara de assassino psicótico. Lembrei que o Sol, por mais que queimasse fazia bem. Infelizmente o mundo lá fora gira enquanto eu permaneço aqui dentro, e isso é possível mesmo porque não só eu estou envelhecendo como o gato está também. Será que eu estaria condenada a ficar o resto da vida envelhecendo com um gato maluco que conseguiu invadir a minha vida?
Depois de muito pensar, decidi que segunda feira eu tomaria uma providencia, por enquanto eu vou ficar aqui aproveitando meus últimos dias ociosos. Sem pressa...
Resolvi que ficar diante do espelho ensebado não ia modificar em nada a minha majestosa tarde de domingo, e resolvi fazer algo a mais no meu dia caminhando até a cozinha somente de meias. Joguei os cabelos pra frente e depois para traz e fiz um rabo de cavalo que provavelmente não seguraria aquele ninho embaraçado alojado na minha cabeça, mas pelo menos eu teria os meus olhos livres para enxergar o caminho. Ajeitei a bermuda que estava torta juntamente com a calcinha e fui arrastando os pés até o fogão, como uma nordestina que dança forró super bem.
Não me surpreendi com a limpeza da cozinha, que alias era o único cômodo extremamente brilhante da casa, de forma que havia dias que eu não o visitava. Pensava comigo – Detesto cozinha, eu deveria colocar a geladeira no quarto! – e eu teria realmente feito isso se não fosse o apelo dos amigos que às vezes vinham me visitar alegando que o meu único exercício estava no deslocamento quarto-cozinha.
Mas eu não me importava, estava desanimada de qualquer forma, e me esquecia desse detalhe, tanto que a janela da sala estava escancarada havia dias e por conta disso eu acabara de descobrir que havia adquirido um gato. Alias o gato havia ganho o meu respeito, pois eu o fitava com um ponto de interrogação do tamanho da cara, afinal eu morava no 9º andar e o bichinho resolveu pular justamente a minha janela o que lhe rendeu o nome de Asadelta.
Mais cinco minutos na cozinha e a constatação de uma geladeira e armários vazios. Na época de casada isso jamais aconteceria, e pra falar a verdade nunca aconteceu. Mas como o desgraçado fugiu com a vizinha do noventa e oito, provavelmente isso agora não acontece na geladeira e armários dela. Vaca! Gostava de me dirigir a ela dessa forma pra amenizar a vontade de socar a parede, porque o risco de ter os dedos e os punhos quebrados eram enormes já que nem socar eu sabia direito. Ok. Eu preciso calçar um tênis que e colocar uma roupa não rasgada e me dirigir ao mercado, ou morreria de fome, o que não me deixaria tão desesperada, pelo menos magra eu estaria. Descobri meus tênis debaixo da mesa de centro da sala, uma calça mais bem apresentável pendurada na porta do quarto e uma blusa que por mais incrível que pareça na gaveta de meias. Tentei fazer uma postura diante do espelho e segui em direção á porta sem respirar muito pra não perder a pose que eu tinha acabado de visualizar. Conversei como gato dizendo que voltava logo e sai trancando o meu apartamento que a dias era o único mundo que eu estava habituada. Será que o mercado fica no mesmo lugar?
O elevador me parece mais uma ligação com o inferno do que nunca, e sempre odiei elevadores porque eu sempre encontrava alguém extremamente idiota ou simplesmente eles lotavam, ou ainda pior, eles sempre paravam. Mal eu penso em todas as possibilidades que me levam a odiar essa maldita caixa de subir e descer me entra uma mulher com um cabelo mais parecido com um repolho do que necessariamente um cabelo mesmo. Estou no oitavo andar ainda e nos faltam mais sete o que torna o meu mau humor sete vezes mais evidente, e ele só teve motivos pra se elevar cada vez mais quando no quarto andar ela resolve me perguntar se eu sou nova no prédio.
- Não! Moro aqui a cinco anos já!
- Que coisa nunca a vi zanzando pelo prédio.
- Eu não gosto de zanzar...
Ela ia dizer mais alguma coisa, mas eu sai do elevador muito antes mesmo de a porta praticamente abrir.
Constatei que o Sol realmente estava quente e eu tinha pego uma blusa preta de linha. Respira forte, porque você vai num pé e volto no outro e aqui é só um maldito mundo que você não vê a dias. Cheguei no mercado parecendo uma louca suada de tanto calor. Agora era questão de tempo, simplesmente comprar o necessário e voltar pra casa, pro espelho e pro gato. Fui colocando tudo muito depressa no carrinho, e se pudesse atropelava aquele bando de comadres que faziam dos corredores do mercado um ponto de encontro e de lazer. Passei por todas aquelas loucas e dobrei o corredor indo direto à sessão de alimentos para cães e gatos, afinal o Asadelta também precisava comer. Fui caminhando e lendo as embalagens quando senti um tranco.
- Céus! Eu matei um homem! – Foi o único pensamento que eu tive ao me certificar que havia um coitado debaixo do meu carrinho de compras. Era só o que me faltava. Eu atropelei um idiota mais distraído que eu com um carrinho de compras! Eu poderia tê-lo ajudado a levantar se eu não estive tão pasma com aquele incidente estúpido. – O senhor está bem?
Abaixei perto do rosto dele para ver se ainda respirava, e acabei dessa forma encontrando o sabor de ração preferido do Asadelta, agora eu poderia ficar ali e esperar aquele estúpido distraído acordar ou simplesmente pegar aquele pacote de comida para gato e sair o mais rápido de lá. Não precisei pensar muito nessa questão, pois o rapaz acordou na mesma hora e me olhou de uma forma tão indignada que eu achei que era o momento mais propicio para por em prática o meu lado educado. Soltei um “me desculpe” meio gago que eu achei que não sairia. O homem levantou-se sem soltar um único ruído, apanhou suas compras, ou o que sobrou delas e me olhou bem dentro dos olhos – ele me odiava sem duvidas! – ele saiu apressado, e quando me deu as costas reparei que ele era um rapaz tão de mal com a vida do que eu. Ele usava uma blusa de linhas azul e carregava um pacote de ração nos braços. - Ah! Que inferno! O que estamos fazendo com as nossas vidas? – Bem, vendo aquele traste parecido comigo me deu vontade de fazer uma pequena loucurinha e sai correndo atrás dele.
- Amigo! Ta errado! Olha, eu sei como é esse negocio de alimentar o gato e reclamar na frente do espelho, faço isso todo dia!
Ok! Acho que ele sair bufando sem me responder é um sinal de que eu não tenho nada a ver com isso. E realmente eu não tenho! Caixa lotado. Acho que tudo que gera fila torna os simples mortais mais felizes.
Consegui chegar em casa logo, e acho que três vezes mais magra de tanto transpirar com aquela roupa estranha. O Asadelta permanecia no mesmo lugar, até parecia um gato empalhado. Voltei a ficar de meias e bermuda e passei na frente do espelho. Lembrei daquele rapaz com cara de assassino psicótico. Lembrei que o Sol, por mais que queimasse fazia bem. Infelizmente o mundo lá fora gira enquanto eu permaneço aqui dentro, e isso é possível mesmo porque não só eu estou envelhecendo como o gato está também. Será que eu estaria condenada a ficar o resto da vida envelhecendo com um gato maluco que conseguiu invadir a minha vida?
Depois de muito pensar, decidi que segunda feira eu tomaria uma providencia, por enquanto eu vou ficar aqui aproveitando meus últimos dias ociosos. Sem pressa...
terça-feira, setembro 19
Alguéns (parte 2).
Andando sem rumo todos os dias lá estará o brilho das roupas, dos acessórios, os risos e gargalhadas alteradas, o álcool, o erotismo, jornais forrando a calçada com a finalidade de ser uma cama para alguém, um lixo revirado, um terço caído, um olhar perdido, um beijo de despedida, uma mão que afaga e outra que rotula e ofende, uma música marcante, um grito abafado, um abraço apertado e compreensivo, uma repreensão, um batuque alucinante e cheio de vontade, um bocejo, um grupo de amigos, uma tribo de cúmplices, uma gangue de perdidos, uma discussão sem principio, uma recepção calorosa, uma novidade esperada e surpreendente, um ponto de encontro eterno, uma puta, uma deusa, uma esposa e/ ou marido, um caso proibido, uma semelhança, um esquema corrompido, um perfume afrodisíaco, uma penumbra, água, esgoto, bancos, pés descalços e devoradores do asfalto quente, saltos altos e finos, uma graça, um ritmo diferente, a pressa, a calma, o amor...A compaixão, uma surpresa bombástica, um drama mexicano, alegria sem medida, comédia, silêncio, grilos pelos cantos, luzes, luzes, luzes...Luzes...Policia, bandido, homem, gay, mulher, criança, olhares perdidos, filas, esperas eternizadas pelo tempo e espaço, a chuva, o frio, o calor, alucinações, pontes e overdrives, janelas entreabertas, latidos agudos, miados, sarjetas corrompidas pela incerteza, trocados, telefonemas anônimos, apostas espetaculares, tédio, aventura, a maconha, a coca e toda droga, toda palavra espontânea, todo o vicio maldito, um desejo sem controle, ânsia, fome, miséria, saudade, abraço, sede, esquina, praça, descanso, cansaço, pipoca, palhaço, cinza, cinza, cinza...Verde?...Amizade eterna ou instantânea, carro, velocidade, tragédia, arte pela arte, vandalismo, perdição, racismo, bondade, indiferença, dentes...
Eu, você o estranho...
O nascimento e a morte...
O começo e o fim...
A música e o nada...
Estômago,sexo, verdade, poesia e prosa, tudo ao mesmo tempo, na linha do segundo, na vontade do momento, na conseqüência de tudo.
Paula.
Eu, você o estranho...
O nascimento e a morte...
O começo e o fim...
A música e o nada...
Estômago,sexo, verdade, poesia e prosa, tudo ao mesmo tempo, na linha do segundo, na vontade do momento, na conseqüência de tudo.
Paula.
terça-feira, setembro 12
Agosto.
Poupe-me da luxuria inquietante
Da vontade inconsciente
Do desejo insano e da loucura incandescente
Poupe-me da devastação que a calma traz
Do canto sufocado
Do abraço sem força
Grite-me como quem precisa
Ama-me como quem suplica
Envolva-me como quem pode
Permanece em mim.
Realize alguns dos meus sonhos
Acredite na minha verdade
Estenda o seu olhar
Cala a tua covardia
Vive.
Deixa o pranto para amanhã
Segue em linha irregular
Não trace a tua meta
Assim como não programe a tua conquista
E depois
Conte-me como foi o teu dia.
É tudo uma questão de tempo e espaço
Ainda temos todo o mês de agosto pela frente
Foi assim que eu marquei o tempo
Agosto.
Paula
Da vontade inconsciente
Do desejo insano e da loucura incandescente
Poupe-me da devastação que a calma traz
Do canto sufocado
Do abraço sem força
Grite-me como quem precisa
Ama-me como quem suplica
Envolva-me como quem pode
Permanece em mim.
Realize alguns dos meus sonhos
Acredite na minha verdade
Estenda o seu olhar
Cala a tua covardia
Vive.
Deixa o pranto para amanhã
Segue em linha irregular
Não trace a tua meta
Assim como não programe a tua conquista
E depois
Conte-me como foi o teu dia.
É tudo uma questão de tempo e espaço
Ainda temos todo o mês de agosto pela frente
Foi assim que eu marquei o tempo
Agosto.
Paula
terça-feira, setembro 5
Alguéns.
Alguém admirando pelo corre-corre da cidade resolve parar perto de uma banca de tomates como um refrigerante na mão. Alguém pega uma moeda no bolso a atira como que em um desafio no chapéu do aleijado, cego ou coitado. Alguém para o carro e se sente aprisionado entre o emaranhado de pessoas e da buzina que ecoa como que em um ritual de fúria. O alguém pega um cigarro e viaja vendo a fumaça escapar de sua boca já seca, depois de tantas horas mudo. Alguém passa o dia todo diante de um balcão, computador, entregando panfletos, fazendo contas ou sendo simpático com estranhos. Alguém tropeça na rua segurando um pequeno lanche nas mãos e segue logo em seguida como se nada tivesse acontecido.Alguém lê um e-mail e sente saudades. Alguém fica em desespero no período do dia em que a hora não passa. Os ônibus lá fora estão à tua espera, assim como uma massa popular com olheiras e fofocas. Alguém se conforta com outro cigarro. Alguém vê um conhecido em um boteco, lanchonete, sinuca ou esquina.Mas eis que vou lhes dizer uma só verdade: A noite chega para todo e qualquer alguém com a expectativa de que amanhã será a mesma coisa, e assim se espera, porque estar vivo amanhã é um alivio até mesmo para um ninguém...
sexta-feira, setembro 1
Shiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuu!
Shhiuuuuuuuuuuuuuuuu! Silêncio! Alguém pode ouvir os seus pensamentos...E eu que me sinto tão alienada as vezes.
E o que me diz dos sonhos?
Vontade incosciêntes, acúmulo de caos interno, delirio solitário. Corra em um sonho mas não pise em flores. O chão não te livra e te prende, tudo parece geléia.
Eu nunca tive medo de escuro, e sim mais medo do momento em que as luzes viessem a ser acesas. O que teria debaixo da cama?
Eu cresci...mas o coração não, a imaginação não também...
Quem ouviu o silêncio alguma vez? É bom de se ouvir. Causa sonolência, paz e prazer, só as vezes que causa solidão, mas nada que uma música baixinha não salve.
Alguém já mascou a eternidade? Aprendi que o chiclete parece com ela, foi a Clarice que me ensinou...a Linspector!
Já odiei alguém, e avisei que odiei, mas.me desculpe, nunca sentiria isso, só queria que você sentisse medo de mim...Uma oportunidade de você me odiar e de talvez eu me sentir na obrigação de te esquecer, mas você nem me ouviu, ligou ou se importou, e por isso essa vontade canalizada passou. Mas nem importa porque tudo na verdade é passageiro, acompanhando assim a idéia imposta pelo relógio que sempre conta menos um no momento exato que acreditamos ganhar mais um minuto.
Mas tô com medo de amar, de aceitar o novo, como quem veste branco em uma época em que o preto é tendência. Me deculpe as falhas, erros e afins, mas infelizmente sou humana assim como os burros de carne e osso...
Essencialmente falando, onde fica a proposta de felicidade nos dias em que eu me esqueci de ter certeza?
Por isso que eu fico em silêncio, porque tem sempre alguém que pode ouvir meus pensamentos, e acho ideal o escuro pra que você não leia nos meus olhos a dúvida, e provavelmente, debaixo da cama deve haver uma caixa de sapatos com cartas e lembranças. Minha válvula de escape portanto é seguir os conselhos da Clarice, e caminhar por 40 minutos mascando a eternidade até a música do rádio de pilhas acabar...shhhhhhiuuuuuuuu!
E o que me diz dos sonhos?
Vontade incosciêntes, acúmulo de caos interno, delirio solitário. Corra em um sonho mas não pise em flores. O chão não te livra e te prende, tudo parece geléia.
Eu nunca tive medo de escuro, e sim mais medo do momento em que as luzes viessem a ser acesas. O que teria debaixo da cama?
Eu cresci...mas o coração não, a imaginação não também...
Quem ouviu o silêncio alguma vez? É bom de se ouvir. Causa sonolência, paz e prazer, só as vezes que causa solidão, mas nada que uma música baixinha não salve.
Alguém já mascou a eternidade? Aprendi que o chiclete parece com ela, foi a Clarice que me ensinou...a Linspector!
Já odiei alguém, e avisei que odiei, mas.me desculpe, nunca sentiria isso, só queria que você sentisse medo de mim...Uma oportunidade de você me odiar e de talvez eu me sentir na obrigação de te esquecer, mas você nem me ouviu, ligou ou se importou, e por isso essa vontade canalizada passou. Mas nem importa porque tudo na verdade é passageiro, acompanhando assim a idéia imposta pelo relógio que sempre conta menos um no momento exato que acreditamos ganhar mais um minuto.
Mas tô com medo de amar, de aceitar o novo, como quem veste branco em uma época em que o preto é tendência. Me deculpe as falhas, erros e afins, mas infelizmente sou humana assim como os burros de carne e osso...
Essencialmente falando, onde fica a proposta de felicidade nos dias em que eu me esqueci de ter certeza?
Por isso que eu fico em silêncio, porque tem sempre alguém que pode ouvir meus pensamentos, e acho ideal o escuro pra que você não leia nos meus olhos a dúvida, e provavelmente, debaixo da cama deve haver uma caixa de sapatos com cartas e lembranças. Minha válvula de escape portanto é seguir os conselhos da Clarice, e caminhar por 40 minutos mascando a eternidade até a música do rádio de pilhas acabar...shhhhhhiuuuuuuuu!
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