segunda-feira, maio 4

Cólera.

De todos aqueles que têm fome, que mordem a poeira.
De todos que não tem nada.
Por eles, que os demais sejam confiscados.
Que sejam privados da sobremesa.
Vou boicotar suas saídas e derrubar suas pontes.
Penetrar a ciência e castigá-los até enjoarem da água de seus rins.
Vou me embriagar de cor e depois gelar o olhar.
Vou bailar frenética uma dança descoordenada e assustá-los. Vou roubar seus bons sonhos.
Apagar a luz. Bancar a criadora da cretina medicina.
Por todos aqueles que ainda fazem a digestão da poeira, eu vou impor uma defesa.
E no fim, quando lhes servir um gole de água mineral, vou morrer de felicidade, até o copo secar.
Uma guerra interna, de um coletivo particular digno.

Uma cólera pela pandêmia...

4 comentários:

Ricardo Thadeu (Gago) disse...

Ficar puto por causa de uma gripe pode fazer qualquer um adoecer. Que seja por um motivo sério então. Uma cólera para outra.


¡adiós!

Mill disse...

Vamos botar nosso bloco na rua que tá tudo certo... e Quem venham as epidemias e os pandemônios

Daniel disse...

O pior é saber que se essa gripe chegar aqui, estamos f... Bjus.

http://contesta-acao.blogspot.com

PS: Deixando novamente o recado de que mudei de blog. Não posto mais no Só Pensando, agora é no link ali de cima.

O Profeta disse...

As andorinhas do Mar chegaram
Com alegria tatuada nas penas refulgentes
Soltam chilreados estridentes
Dançam no azul, rodopiam contentes

A maresia adormeceu na areia
O mar transformou-se em espelho de água
Uma nuvem mirou-se nele
Verteu uma última gota de mágoa




Doce beijo