segunda-feira, dezembro 6

Sintomas de uma Agonia Arranhada.

A garganta arranha
a mão treme
o rosto febril
as pernas vacilam
a boca seca
os olhos choram
os ouvidos falham
a dúvida permanece
(...)
a boca seca a frase
seca a palavra
a mente seca
seca a saliva
seca a intimida
arranha.
as lágrimas arranham a face
arranha a frase
arranha a língua
a intimidade vacila
falha.
O olhar falha
a palavra falha
a mente falha a hora da lágrima
a poesia acaba.
arranha o ponto final
e fica assim... sem fim.

segunda-feira, novembro 1

Caros Amigos


Caros amigos, em conclusão deste período eleitoral,

Constato que as pessoas só lembram de ser "politizadas" em época de eleição, sendo que os principais responsáveis pelo exercício da democracia somos todos nós.
Somos responsáveis por quem acatamos como governantes. Fomos responsáveis pelo segundo turno Dilma e Serra. Não adianta tentar se esquivar de uma verdade evidente.
Hoje amanheci lendo jornais, revistas, acompanhando blogs, facebook, twitter, afins...
Vi várias pessoas fazendo menções desnecessárias a vitória de Dilma, como se fossem as vitimas de um sistema eleitoral, do qual elas não fizessem parte. Como se acreditassem que a vitória de Serra fosse a melhor solução.
Solução? É como tirar a lama da direita e empurrar para a esquerda. Não é assim que exercitamos o direito do voto. Não é dessa forma que aliviamos a percepção do que acreditamos ser política. é muito além.
O Engajamento político nesse país não passa de um rodízio hipócrita PT-PSDB. Solução mesmo?
Conhecemos bem os dois partidos, aliás bem até demais.
Só que de alguma forma indireta, foi determinado no Brasil que a validade da memória é temporária de 4 em 4 anos. Como tivemos o PT com o Lula por 8 anos, o mandato FHC caiu no esquecimento... a validade já havia vencido.
Ainda somos uma nação que ainda tenta (veja bem, TENTA) agir como um coletivo, mas é pura balela. Somos um povo dividido sim. E não digo isso por questões étnicas ou financeiras somente, mas também por partidos, por cultura.
O povo brasileiro não sabe e nem faz questão de se unir em nome da riqueza de diversidade que temos, pelo contrário. Nordestino pra lá, Oeste ali, sul e sudeste acolá.
Foi isso que ficou claro. Para justificar a vitória de Dilma, as pessoas classificaram as regiões brasileiras como se elas nem fossem parte integrante de um mesmo país, a ponto de mencionarem que o PT só assumiu por conta de uma massa nordestina.
Burrice! Foi um conterrâneo teu meu amigo que a elegeu. Foi um vizinho, um colega, foi o cara que te segue no twitter. Particularmente, pode ter até sido aquele endereço de e-mail estranho cadastrado no seu MSN, que você fez questão de bloquear e não deletar, para não diminuir o numero de amigos virtuais da sua lista. Brasileiro é Alienado, mas se considera esperto sempre. O jeitinho brasileiro? Pra mim, o jeitinho brasileiro é ver o que acontece mas fingir que não viu nada, e para não amargar a mediocridade, vive sorrindo e fazendo carnaval para despistar a mágoa.

Àqueles que foram contra a vitória de Dilma, espero que também não sejam 100% PSDB, por que não somos um país de cunho Elitista. E na dúvida, basta você olhar ao seu redor e começar a entender que ainda existe um abismo econômico que separa essa população.
Àqueles que foram 100% Dilma - espero que reivindiquemos sempre. Cobremos sempre sem esperar 4 anos passarem para que depois, em uma nova campanha dizer que nada aconteceu, que nada mudou, e etc.
Por que ser "politizado" Brasil, é saber que somos os principais responsáveis pelo governo que temos e queremos. E não sair dizendo o que pensa e defendendo um candidato qualquer só pra dizer que é "bem informado".
Fim de papo, fim de uma campanha eleitoral medíocre. Grosseira.

As criticas e sonhos não devem ter prazo de validade. É necessário "remoer" o que presenciamos nesta campanha para presidente, para que não sejamos espectadores de tudo isso novamente em um futuro próximo.
Quatro anos não passam, simplesmente voam.

É Preciso começar a pensar como sociedade...
Mas antes, procuremos entender o real sentido de ser uma sociedade.

Paula Barboni.

terça-feira, julho 27

25


Envelhecer é apenas uma vertente, no mais, meu estado de espirito permanece em uma doce infantilidade.
Ainda me apego às coisas “bobas”. Assim são consideradas.
Não troco o chocolate pelo chá. Nem uma guerra de travesseiros pelo problemas bancários.
Uma criança de salto alto é uma conquista de longa data. As meninas sabem...
Não me deprimo por problemas financeiros. O dinhero lá existe? Claro que não. É papel...
Se um dia declalarem que aquelas folhinhas da sua carteira não valem mais nada, é por que de fato inventaram qualquer outra coisa que promovesse o estado capitalista.
Pronto. É isso. Somente isso.
Mas a vida, os valores, as idéias, as paixões, enfim, isso não tem giro de capital, nem faz correção de juros com valores abusivos. Na verdade é um mecânismo diferente. Quanto mais você “dá” mais você recebe.
As vezes achamos que já passamos de tudo na vida. Que já está de bom tamanho... Nunca está. Amém.
Eu prefiro cair e levantar várias vezes do que sentar e ver o dia passar consecutivamente. Fica mais fácil encarar como uma aventura do que como um fardo.
Em uma semana farei as famosas “bodas de prata comigo mesma” Um relacionamento de sucesso! Aí dizem – Não é todos os dias que se faz 25 anos. Aproveite.
Mas só para firmarmos um trato – Todos os anos não se faz todos os dias...
E o que se ganha com isso? – Vivência...
À modo grosso – Camarada, deixa a carne secar, por que o espirito continua juvenil.

quarta-feira, maio 26

Sem Maiores Intenções...

Segundo o dicionário.
rejeição
1. Ato ou efeito de rejeitar
2. Não aceitação, recusa
3. Repulsa
4. Desaprovação


Em minha opinião.
Magoar.
É não ser ouvido. É ser um tanto faz. É querer se calar quando na verdade nunca foi a sua intenção. É criar a expectativa de um minuto de carinho gratuito, de tempo... Atenção. Esperar um sorriso sincero.
Ultimamente minha maior ambição é um abraço. Mas não aquele de “oi, tudo bem?”. É aquele abraço que esquenta a espinha.
Faz tempo. Muito tempo, que não sei realmente ”qualé” a do abraço. Sem demagogia.
Anda tudo muito vazio. Muito frio.
Só um desabafo. Sem maiores intenções.

quinta-feira, abril 29

Classic Movie

Hoje acordei meio Greta Garbo, num esconderijo um tanto já manjado. Tomei meu café no estilo Brigitte Bardot, com direito a mergulhar com elegancia na Nouvelle Vague.
Parti.
Desfilei pelas ruas, com um "Q" Marilyn Monroe, que foi esbanjado de uma forma timída. Retomei o conceito particular e profissional do dia como se fosse Aldrey Hepburn.
Estrelar o dia de hoje.Adormecer Paula Barboni.Acordar Paula Barboni.
Brincar de cinema clássico sempre me renova!
Me preparando para acordar amanhã já. Estilo? Carmem Miranda.

sexta-feira, abril 23

Retratação

Aos Amigos.
Aos que eu não pude permitir um bom dia. Sinto Muito. Não posso lhes “dar” de fato um Bom dia, e sim fornecer um acolhedor sorriso e (...) Bom dia.
Aos que me sentiram ausente, seca, longe, indiferente... Distante. Relevem.
Aos que não dei bons conselhos, agradeçam. Nem sempre os conselhos são bons.
Aos que eu me esqueci de ligar. Releve o motivo. Poderia ser por baixo orçamento na conta, falta de bateria no celular. Poderia ser... Por esquecer-se de ligar e não esquecer sumariamente.
Aos que me julgaram. Obrigada. Acredite, eu aprendi com isso. Não que seja de fato positivo. Mas aprendi. E entendi também.
Aos que guardam mágoas. Perdoem-se.
Aos demais...
Fica dissolvido o carinho no ultimo chopp. Fica persistente a uma nossa última piada. A todos os amigos, fica aqui, uma parte amadurecida, corrida... Uma parte.
Se não escrevi, se me calei nos últimos tempos, sinto muito. Mas senti necessidade.
Mas voltei, senti saudades... Não a mesma, mas eu mesma.
A quem se enquadrar no quesito “amigo”, encerra-se aqui o primeiro texto de 2010 em formato de dedicação.
Aos leitores... Aos leitores um singelo obrigado.

sexta-feira, março 12

O Rebolation é Ingrediente de Papinha!

Faz tempo. Faz tempo que não escrevo, que não invento, que não meto o bedelho de ser a cineasta-roteirista-atriz-xereta...
Não conseguia vir aqui e falar nada, porque acreditava que não tivesse nada de novo, nada de incrivel pra dizer. Coisa minha. (Ponto)
O fato é que hoje, exatamente hoje, eu me questionei sobre tantas "novidades"... Esqueci de contá-las. Falta de tempo. Faz parte, provavelmente não sou a única a usar esse argumento.
Mas pra iniciar o rumo da prosa, eu vim pra falar de música. (na lata, ando mais direta...)
Imagine o seguinte. Você - Movido a música, trabalha com música, pesquisa e inventa música...você faz programação musical, remixa e tudo mais que for possivel se fazer(...) com a música.
Esse é o meu caso, mas acho que isso não pontua o papo.
A questão tem um buraco muito mais abaixo.
É sobre cultura. É sobre conteúdo. É sobre qualidade!
Não sei se somente eu e meia dúzia tem essa sensação, mas ultimamente eu ando sentindo vergonha de falar de qualquer assunto que seja referente à nossa boa e velha, (velha mesmo, por que parou se ser "música" faz tempo) música.
Música Nacional? O que temos de bom?
Ah tem sim, mas não toca no rádio. Não divulga cd. Dá pra baixar na internet. Apesar de tantos impecilhos que nos remetem a semi-criminos. ROUBAMOS MÚSICA! É o que fala a A...A...Ap...Apcm!
Em complemento, portanto, se não atinge a grande massa (o que é bom) se não tem divulgação e etc... Não cai no gosto, não estimula. NÃO VENDE.
Ai vão falar sobre a falta de cultura social "Esses jovens não pensam mais". Pensam, mas ouvem mais também, e o que ouvem... o que ouvem reflete bastante no atual perfil jovial. No emo deprimido... no rebolation desengonçado... No repeteco nacional.
É amigo. Dá preguiça mesmo. Ouvir, ler e entender, quando os reais sentidos são tão mastigados. A informação vem diluída como se fosse uma papinha gosmenta de cheiro forte.
É por isso que a música é ruim. A Tv também.
É que assim: Papinha só é de boa qualidade pra neném. Quando a gente cresce, fica, como posso dizer? - Nojento.