quarta-feira, julho 4

"De repente. Repente"

Por mais que as coisas se quebrem
Mudar não custa nada
Mesmo tudo aquilo que assusta
Convém o risco que corre
Quanto mais se alimenta a conquista
Mas vale um beijo na boca
Quanto mais a malandragem sustenta
Mais o egoísmo assombra
Quanto mais a fome atormenta
Mais o sono se perde
Quanto mais o tempo derruba
Mais a demora percorre
Quanto mais se pensa no medo
Mais do mesmo se sente
Mesmo que seja tarde
Ainda dá tempo.
E mesmo que tudo não volte
Ainda existe aquele recomeço
E de todas as sombras do dia
Você se torna a menos escura
E de todas as formas de vida
É possível encontrar um ponto de tudo
De tudo
De tu-do.

2 comentários:

Anônimo disse...

Belo poema.

Anônimo disse...

Pois é...

Quanto mais se pensa no medo
Mais do mesmo se sente